Órtese Craniana

À medida que o bebê vai crescendo, vai ficando mais ativo e forte. Isso, claro, é muito bom e desejável, mas ao mesmo tempo vai dificultando cada vez mais o reposicionamento. Não ficando mais apoiado tempo suficiente na área proeminente, a eficácia desse método cai drasticamente, o que é mais marcante por volta do 5º mês de vida. Quando o bebê aprende a sentar, então, fica ainda menos tempo apoiado onde precisa para melhorar. Apostar numa melhora espontânea nessa fase não faz sentido, pois o estímulo para o crescimento tenderá a fazer crescer a cabeça sem mudança significativa de formato, uma vez que não conseguimos mais segurar o crescimento na área que está proeminente.

É aí que entra a órtese craniana. O uso desse dispositivo médico é reservado para os casos em que o reposicionamento, a fisioterapia e demais manobras conservadoras não foram suficientes para corrigir a assimetria craniana a contento. Trata-se de uma espécie de capacetinho produzido sob medida para a cabeça de cada bebê que terá a função de conduzir o crescimento craniano para as regiões que se encontram achatadas enquanto contém o crescimento nas regiões proeminentes.

Isso só é possível na fase de rápido crescimento craniano, ou seja, nos dois primeiros anos de vida. Na verdade o tratamento só pode ser iniciado até os 18 meses de idade, sendo que o período ideal para se identificar quem precisa e quem não precisa de órtese é entre 3 e 6 meses de vida. Essa chamada “janela de tratamento” ocorre porque a cabeça do bebê cresce muito rápido nos primeiros meses, desacelerando fortemente ao longo do primeiro ano e mais um pouco até o fim do segundo ano, quando o crânio do bebê já atinge quase 90% do tamanho do crânio adulto! Como a órtese apenas conduz o crescimento para o lugar certo, o tratamento vai funcionar melhor quanto maior e mais rápido for o crescimento da cabeça do bebê durante o mesmo.

O resultado final depende de vários fatores, mas principalmente da idade de início adequada, da precisão e capacidade de ajuste da órtese, suporte adequado da equipe assistencial bem treinada e aderência firme da família ao tratamento, fazendo uso diligente do dispositivo conforme orientado e comparecendo regularmente às consultas de retorno. Tratamentos iniciados tardiamente tendem a ser mais longos e com resultados mais modestos.

A órtese adequadamente indicada e fabricada sob medida não oferece riscos relevantes aos bebês. A temperatura corpórea não se altera em nem um décimo de grau, não interfere no desenvolvimento neuropsicomotor do bebê, não limita o crescimento cerebral nem sobrecarrega os músculos do pescoço. A sudorese é um pouco mais intensa na cabeça nos primeiros dias de uso e, em 7 a 10 dias, diminui drasticamente à medida que o corpo do paciente se habitua ao novo dispositivo. A pele do bebê é sensível e eventualmente podem surgir pequenas brotoejas ou irritações de pele facilmente contornadas com orientações passadas por nossa equipe.

No vídeo a seguir pode-se entender facilmente a atuação da órtese na condução do crescimento craniano.

Existem diversos tipos de órtese craniana. A de copolímero termomoldável, material próprio para confecção de órteses sob medida, é extremamente precisa e versátil. É a que consegue alcançar a maior variedade de casos e permite bastante ajustes ao longo do tratamento, o que é particularmente importante nos casos mais severos. O profissional habilitado vai promovendo mais espaço para crescimento na parte interna para conduzir o crescimento para o local certo à medida que a correção vai acontecendo. Essa órtese já tem mais de 750.000 pacientes tratados em todo o mundo e é o que chamamos de “porto seguro”.

Já o modelo chamado de 3D é desenhado em CAD no computador e impresso com tecnologia de impressão 3D powder printing de última geração. Também é bastante preciso, tem a vantagem de ser um pouquinho mais leve e mais ventilado. Sua capacidade de ajuste interno, no entanto, é um pouco menor, portanto não deve ser usada em todos os casos.

Há ainda outros tipos de órtese usadas com menor frequência, como os modelos de nylon usados em pós-operatório.

E quem decide qual é a melhor opção para cada bebê? O médico especialista com conhecimento profundo sobre as minúcias técnicas de cada modelo. A cor, o enfeite, o design são legais e ajudam a tornar tudo isso mais leve, mas o critério número 1 na escolha da órtese é a eficácia, ou seja, qual órtese vai entregar o melhor potencial de correção para aquele caso específico.


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